23 de fevereiro de 2006

A PÉ


Ia escrever sobre a dor muscular que me chateia há dias.
Mas depois lembrei-me que subi, a pé, a avenida Almirante Reis, ao anoitecer. Estava frio e o autocarro passava ao lado, mas vim a pé. Porque há vezes em que a alegria não cabe dentro de um carro. E até mesmo a pequena alegria precisa de ser passeada, como um lume que começa a acender e que se for soprado com delicadeza poderá aquecer numa noite escura.
Ia falar da dor no pescoço mas já não vou. Vou antes lembrar-me da brisa fresca a girar à volta da minha cabeça contente.

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